Leia Salmo 1.
O salmo 1 trata do contraste entre duas posições de vida: aquele que tolera o pecado e aquele que luta para uma vida moralmente pura. Ele começa com “bem aventurado”, ou “como é feliz aquele” que não anda, não se detém, não se assenta com os ímpios – Charles Swindoll explica que a ênfase desse termo inicial é muito profunda (1): “feliz, muitas e muitas vezes feliz” é aquele que não flerta com, que não se vislumbra com e que não copia o estilo de vida dos pecadores. Estou aqui escrevendo para pessoas que amam a Deus, e nós não somos uma classe especial de pessoas, ainda somos pecadores. A diferença é que fomos redimidos pelo sangue de Cristo e, quando o texto fala de ímpios, pecadores e escarnecedores, ele se refere àqueles que não tem o temor de Deus em seus corações nem se preocupam em viver uma vida que Lhe agrade. Uma vez que fomos alcançados pela Graça, nosso desejo deve ser viver para o nosso Deus. Mas infelizmente, por ainda sermos pecadores e por vivermos num mundo afundado em trevas, muitas vezes seremos tentados a tolerar o pecado de maneiras sutis. Uma vez tolerado, fica mais fácil flertar, uma vez que haja o flerte, vai ficando cada vez mais fácil cair. Perceba que há essa progressão no texto: caminha, detém, se assenta… “Feliz, muitas e muitas vezes feliz” é aquele que, pela graça e dependência do Senhor, rejeita toda maneira de pensar e de agir que um mundo sem Deus nos oferece. E o texto apresenta o meio de vencer tudo isso: meditar na Palavra de Deus e ter prazer nela. Ela nos ensina e nos exorta a viver uma vida onde o temor de Deus é a marca maior. E o resultado disso é uma vida próspera – e aqui falamos de prosperidade da forma que a Bíblia realmente nos apresenta: uma vida que cumpre os propósitos determinados por Deus (ainda que isso se cumpra na ausência de bens materiais).
No que você é tentado a pensar ou agir conforme os ímpios, pecadores e escarnecedores? Tem algo que você ame demais neste mundo a ponto de concorrer com seu amor por Deus? Tem algo que conflita em seu coração entre a maneira que o mundo dita as regras e a maneira que Deus nos pede que vivamos? Quanto vale para você sua imagem, seu corpo, suas roupas; e até onde você estaria disposto a ir para ser admirado? Você já teve valores dos quais tem aberto mão à medida que o tempo passa, porque, afinal, “não precisa ser tão puritano”? Você acha que a Bíblia é ultrapassada quando trata de submissão, pureza sexual, companhias? Você se acha forte o suficiente para estar em ambientes onde o pecado rola solto e não se contaminar? Meu desejo aqui é deixar um alerta de CUIDADO, porque os valores do mundo estão muito acessíveis a nós, e quanto mais nos afastamos de Deus e do convívio com sua Palavra, mais eles começam a fazer sentido. Tem nos faltado temor a Deus! Temor no sentido de respeito e reverência, mas também temor no sentido de medo de um Deus amoroso que não tolera o pecado e que enxerga tudo o que pensamos e fazemos, ainda que ninguém mais veja.
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