Num dia desses, voltando da escola dos meus filhos, logo de manhã, me deparei com um sujeito "fedido". Daqueles que à distância, com metros e metros de separação, já sentimos o odor desagradável e, numa atitude natural, prendemos a respiração até passarmos.
Logo que passei, fui levado a pensar o "por quê" desse homem se manter desse jeito, sem banho, sem rumo, como se dissesse a todos: Fiquem longe de mim!
Antes que eu seja julgado, afirmo que não havia a mínima condição de ser ouvido pelo homem. Não se tratava de alguém apenas sujo, mas, com problemas mentais severos.
Quantos e quantos não perambulam pela rua na mesma situação? Quantos, devido ao seu estado não espantam a todos ao redor. Quem poderia intervir na vida dessas pessoas?
Fui um pouco mais adiante em meus pensamentos: Quantos não tão mal cheirosos ou maltrapilhos, também se veem no isolamento do mundo.
Quantas pessoas espalhadas por todo o globo não recebem um bom dia, nunca tem uma mão estendida, nunca são atingidas por olhares alheios.
Mas, por favor, não se coloque no lugar de vítima. Todos nós somos vilões.
Consideramos o nosso problema maior, reclamamos que as pessoas não olham para nós, nos queixamos de que, nos piores momentos fomos deixados sozinhos.
Mas, e nós? O que fazemos?
Qual foi a última vez que você foi benção na vida de alguém? Qual a última palavra de amor, de carinho, elogiosa que sua língua proferiu? Quando você pode dizer que foi uma ajuda efetiva na vida do próximo?
Na maioria das vezes não sentimos o perfume do mundo. Bom ou mau. Somos indiferentes.
Lembre-se do que diz a palavra de Deus: " E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo o lugar a fragrância do seu conhecimento. Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo." II Co 2.14-15.
Perfume o mundo.
Do seu pastor, Sidney Roberto.