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Provérbios 24.33-34


O livro de Provérbios, conhecido como Os Provérbios de Salomão, ou em seu título original (em hebraico) “Os Provérbios de Salomão, o filho de Davi, rei de Israel” (MISHËLEY SHËLOMOH BEN-DÅVID MELEKH YSËRÅEL), não foi escrito apenas pelo Rei Salomão. O trecho citado acima, por exemplo, é um conjunto de “outros ditados de sabedoria”. Alguns estudiosos dizem que foram colocados após a conclusão do livro feito pelo profeta Ezequias, outros dizem que foi o próprio Salomão que juntou esses ditados, mas o que deve ser importante para nós no momento é que está na Bíblia, porque cremos que “o Espírito de Deus, que supervisionou todo o processo de inspiração, deu ao livro sua forma final com uma mensagem que pode ser subentendida de forma proposicional.” (Carlos Osvaldo), e se está na Bíblia, nós devemos ler, entender, compreender, e aplicar em nossas vidas.


O trecho do capítulo 24 de Provérbios, mostra algumas “normas” de vida, instruções para aqueles que buscam conhecimento e sabedoria, Bullock diria que “a função dos tipos de provérbios preservados nesse livro era basicamente aquela de moldar homens e mulheres para serem membros social e religiosamente úteis da sociedade.” Deus se preocupa com nossas vidas como um todo.


O livro de provérbios não foi escrito por acaso, mas sim, direcionado pelo próprio Deus, Salomão escreveu aquilo que nos daria entendimento e conhecimento para viver de modo santo e puro que agradasse a Javé, nosso Deus, porque “o entendimento é como que o guia e piloto da alma” (João Calvino) e nosso Deus, que nos criou, sabe que nós precisamos (muito) de instrução. Deus sabia que teríamos dificuldades em viver em sociedade, ou seja, se moldar as expectativas criadas pela cultura em que vivemos.


Confesso que esse provérbio mexeu muito comigo. Eu particularmente tenho muito dificuldade de realizar tarefas que demandam muito esforço (físico) de minha parte, apesar das dificuldades congênitas e biológicas que possuo, não posso usá-las de amuleto para minha preguiça, ela faz parte da minha natureza pecaminosa, então eu preciso combatê-la para agradar ao Senhor. Deus não deixou “tópicos específicos” na bíblia em relação a nós por coincidência, Ele está nos mostrando onde devemos ver nossos erros, onde procurá-los para tratá-los. “O cristão interessado na plenitude do Espírito Santo, deve regularmente, ter o cuidado de examinar-se” (Tim LaHaye).


Quando o verso diz “a pobreza lhe virá como um assaltante”, será que Deus está dizendo que a pobreza não é algo cristão? Certamente não! Moody fala que “o autor dos Provérbios aqui não está simplesmente recomendando economia e diligência; ele está, ao que parece, condenando uma característica que combina a preguiça com a astúcia!”. Ser “pobre” (em relação a bens materiais) em si, não é condenável, mas o sábio usou essa característica para se referir à alguém preguiçoso, que prefere cochilar ao invés de ajudar, que prefere dormir ao invés de trabalhar, que prefere cruzar os braços ao invés de servir.


A pobreza aqui não é o problema, mas sim a preguiça! Porque “o destino inglório dos negócios do preguiçoso confirma o fato de que a preguiça leva à repentina e irreversível pobreza” (Carlos Osvaldo), não apenas de pobreza material, mas espiritual. Deus nos chama para servir, para descruzar os braços e fazer absolutamente tudo para o louvor de sua glória, porque se é para Ele, a tarefa que nos foi imposta deve ser feita de modo digno Àquele que a nos deu.


Carlos Osvaldo dizia que “o plano moral de Deus para uma vida regrada precisa ser abraçado em atitude de reverente obediência a Javé por aqueles que aspiram a uma vida significativa como indivíduos e como membros de uma sociedade pactual”, com essa afirmação podemos entender que a sabedoria bíblica nos leva a obedecermos a Deus e a obediência nos leva ao Filho. Em 1 Coríntios 1.24 fala que “Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus.” e Colossenses 2.3 nos confirma que “Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento.” Buscar, “adquirir e aplicar essa sabedoria pode preparar uma pessoa para ser usada por Deus em grandiosa obra.” (Stanley A. Ellisen) o que nos leva para o alvo, Cristo, e somente Ele pode nos ajudar a sair da mesmice, da preguiça e da falta de vontade.


Quando fazemos nossas tarefas para o Cordeiro que limpou nossos pecados, tudo fica mais fácil, tudo faz mais sentido. Não seja preguiçoso irmão! Deus nos dá a força que precisamos e a sabedoria que necessitamos.


Ore comigo: “Senhor, se em algum momento eu dei prioridade ao meu conforto e desprezei Te servir, eu peço que me perdoe. Sei que eu erro e que não mereço o Seu amor, mas eu venho perante o Senhor, com o coração quebrantado, dizer que nada sou sem Ti. A tua graça é maior que meus pecados, é maior que minhas condições físicas e maior que minhas fraquezas. Grande, és Tu Senhor! Em nome do Teu Filho amado que eu oro, amém.”

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