A novela não acabou. Fruto de uma constituição já ultrapassada e mal resolvida, o brasileiro que comete crime não paga pelos seus crimes antes de que se encerrem todos os julgamentos sobre o caso.
E que ninguém entenda a situação como um processo em andamento, onde se averiguam novas provas.
A questão é bem mais simples de se entender: Alguém comete um crime e é julgado. As provas são averiguadas e o indivíduo é condenado. No cenário jurídico brasileiro o criminoso e seus advogados recorrem, podendo, inclusive, apelar a “Instancias” maiores. Esse imbróglio pode não parar num segundo julgamento, mas, apelando se, podemos chegar a uma terceira instancia.
É interessante que, o que um juiz, criterioso, pago para tal, pode ver todo o seu trabalho contestado e o resultado da sentença modificado ou até suspenso.
Não será assim diante do “Justo Juíz”. É assim que Deus é chamado nas escrituras (II Timóteo 4:8, entre outros textos).
Um dia, todos nós, comparecemos diante deste juiz (II Corintios 5:10).
Ele não erra em seus julgamentos. Como diz a Bíblia: “Ó Senhor, tu és Deus que castiga! Mostra a tua ira. Tu és o juiz de todas as pessoas; levanta-te e dá aos orgulhosos o que eles merecem.” (Salmo 94:1-2).
E algo muito importante a considerar, não haverá uma segunda instancia para recorrermos. O desfecho da parábola do Rico e de Lázaro, dita pelo próprio Senhor Jesus, nos assegura isso: “E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos, para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos. E disse ele: Não, Abraão, meu pai; mas, se algum dos mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. Porém Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.” (Lucas 16:27-31).
Portanto, queridos irmãos, não nos enganemos. Façamos ao máximo para que ninguém se veja diante do justo juiz sem estar justificado por Jesus Cristo. Não haverá segunda chance.
E que, ao olharmos para este Justo juiz, sejamos consolados pela verdade de que um dia não mais conviveremos com os desmandos que nós mesmos, seres humanos, criamos.