Por mais que Dona Zezé não gozasse de boa saúde há muito tempo, fomos pegos de surpresa na última terça com a notícia de que a Dona Zezé havia morrido.
Criou praticamente sozinha filhos, netos e bisnetos. Morava na favela. Lutava para prover as mínimas necessidades a todos os seus familiares.
Era dia 30 de outubro de 2005. Dona Zezé desceu do ônibus para ir à outra igreja (era dia de São Judas Tadeu). Segundo ela mesmo, não entendeu o que aconteceu, quando viu, estava sentada no último banco. Da igreja, jamais saiu.
Diante de tanto sofrimento, Dona Zezé nunca abriu a boca para reclamar. Num gesto usual, levantava os dois braços para o alto, entortava os olhinhos e agradecia sempre ao Senhor.
Simpaticíssima, Dona Zezé era querida por todos. No dia do seu falecimento, com muitas palavras de carinho diversos familiares e irmãos expressaram o seu passamento.
Igreja! Junto com os netos e bisnetos, era a sua paixão. Doente, debaixo de chuva, pegava o ônibus demorado, mas, fazia questão de estar entre nós.
O que podemos aprender com dona Zezé? Muita coisa. Que todo esforço vale à pena para cuidar do próximo. Que todo esforço também é válido para gozar da comunhão dos irmãos. Que alegria independe das circunstâncias. Que limitações físicas ou financeiras não são empecilhos para se sentir perto do Senhor. Que não precisamos de nada desta vida para sentirmos a alegria que só Jesus pode conceder.
Agradecemos a Deus por esta vida tão SIGNIFICANTE para nós e principalmente para o próprio Deus.
Muito obrigado a igreja Batista do Marapé pelo cuidado com esta heroína de verdade. Ainda nos servirá de exemplo por um bom tempo.
Do seu pastor, Sidney Roberto.